quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Textos para baixar: Introdução à Arqueologia e A Arte Rupestre e a Paisagem da Cidade de Pedra

Pensando em democratizar a informação, já que infelizmente nem todos nasceram em berço de ouro (nem eu) e comprar livros no Brasil ainda é para poucos (está tudo pela hora da morte), aproveito o espaço e escrevo mais um post de compartilhamento de textos. Enquanto reviro meus arquivos procurando mais textos para postar, vou passando os dias e tentando não ficar ansiosa com a chegada do meu livro tão sonhado (um presentão de Natal, atrasado), da terra de Almodóvar direto para a Bahia (que os Correios tiraram meu prazer e fizeram uma enrolada em janeiro deste ano, fazendo o livro voltar para o remetente). Coisas que só acontecem por aqui, nesta terra de ninguém. Só que desta vez, a hermana o trará na mala em sua próxima visita à "terra da alegria".
Espero que compartilhando esses humildes arquivos, a polícia não me prenda como fizeram como MEGAUPL...
Boa leitura e até a próxima!


MOBERG, A.C. Quais os materiais da arqueologia? e O registro: o que se deve registrar, e como? In:_____. Introdução à Arqueologia. Lisboa, Edições 70, 1985. cap. 7, p. 47-60 e cap.8, p. 61-85.







VIALOU, D. A Arte Rupestre e a paisagem da Cidade de Pedra. In: VIALOU, A. V. Pré-História do Mato Grosso. Vol. 2: Cidade de Pedra. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 2005. cap. 7, p. 51-69.





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Os Potes de Ouro

Vez por outra, numa dessas viagens pelo interior, "escavocando" as terras alheias em busca de materiais arqueológicos, somos surpreendidos pela desconfiança de alguns nativos ou pelos donos da terra. Imaginamos que as visões românticas (ou capitalistas) de Arqueologia e a imagem do arqueólogo como um aventureiro caçador de tesouros criam no imaginário popular uma expectativa de existir em suas terras uma botija de ouro ou algo parecido. Geralmente os trabalhos são "fiscalizados" por algum parente ou alguém da localidade, em alguns casos membros da própria comunidade integram a equipe, mas mesmo assim a desconfiança permanece (pelo menos no início).Talvez parte desse mito tenha ganhado força com os caçadores de tesouros da literatura e dos filmes hollywoodianos (Indiana Jones).
A lenda difundida em solo brasileiro, certamente, influencia o comportamento dos moradores dessas localidades, mas o mais incrível é descobrir (na Web) o fundo de verdade existente em relação à história. Em Abril de 2010, Dave Crisp descobriu em Somerset na Inglaterra um pote cheio de moedas romanas com mais de 1.700 anos.  Ao ver as imagens abaixo pensei nos amigos do interior e suas desconfianças. Se quiserem mais informações sobre a descoberta sigam os links, respectivamente da BBC de Londres e do Wikipédia: BBC  Wikipédia
Mas, devo alertar às leitoras e leitores do blog que no Brasil não temos notícias como essa, de "botijas com ouro". Encontramos muitos recipientes cerâmicos enterrados, mas em sua maioria contém ossos, areia ou algum material rochoso. Deixemos o ouro com o Indiana...






quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saia do buraco você também!

Aviso aos navegantes que hoje saí da linha, mas não se preocupem é só por hoje. Como estou em clima de carnaval, resolvi chutar o balde e postar mais umas coisinhas engraçadas (pelo menos algumas são). Fiz algumas prospecções no nosso amigo Google e Facebook, “desci o nível” e cá estou “no buraco” da rede. Achei alguma pequenas pérolas e compartilho com vocês, pelo menos com meus 23 seguidores fiéis. Se gostarem compartilhem.
A (O) Arqueóloga (O) é: Alguém cuja carreira está em ruínas; Não sabe o que perdeu; Só vive no buraco.

E eu gostaria de ser enterrada numa Urna Funerária TUPI.

Via Facebook.

Se eu marcar as mocinhas que conheço, elas me matariam. Via Facebook.


Pelo menos uma de antropólog@.

De Quino.

Não precisa nem dizer quem é essa figura.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

As Cores e as Casas de Tucum, Tanhaçu-Ba


As cores e as moradias serão o tema da minha postagem de hoje. As leitoras e leitores devem estar se perguntando: Sim, que isso tem a ver com Arqueologia? Respondo; muita coisa, pois essas construções não são também uma produção elaborada por nós? Ou vocês acham que a Arqueologia só estuda os objetos do passado, aqueles sem uso no mundo de hoje? Não são as casas uma produção de tempos antigos? E mesmo tendo sido construídas agora, não reproduzem uma forma de construção que tem seus pés ainda no passado? Observem, adobe, telhado bem aparente e algumas vezes sem bicas, telhas feitas "nas coxas", cores fortes, janelas e portas em estilo antigo, etc. Além disso, é compromisso do blog mostrar um pouco das cidades do interior visitadas em meus trabalhos com Arqueologia.
Pois retomemos a prosa e deixemos essa discussão para outro momento. Na Comunidade Quilombola de Tucum, município de Tanhaçu-Ba, as moradias tem formas e cores interessantes. Observamos durante os dias que estivemos na região a padronização das edificações. As antigas casas de adobe (espécie de tijolo feito com barro cru) possuem telhado de duas águas com uma das quedas voltadas para a fachada e a outra para o fundo, duas ou mais janelas grandes e uma porta na frente; As novas, construídas de cimento e bloco, aos poucos estão substituindo as antigas, pois segundo informações orais, nas antigas moradias havia uma grande incidência do “barbeiro”, inseto transmissor do Tripanosoma cruzi (doença de Chagas), com a mudança as fachadas sofreram algumas modificações, a mais visível é a queda d’água que agora estão voltadas ambas para as laterais. Além da forma, as casas tem suas fachadas pintadas com cores vibrantes, lembram os tons fortes dos filmes de Almodóvar e dos quadros de Van Gogh.
Como infelizmente não estava com a Canon 7D, tive que me contentar com os poucos recursos da câmera à minha disposição, assim não ficaram tão boas. Mas, sugiro que apreciem as cores vibrantes das imagens em excelente resolução do amigo, fotógrafo e estudante de cinema (agora eleito parceiro do blog) Gerson Garibalde. 


Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casa do Período Colonial em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Greciane Neres.

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em  Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe e forno ao lado em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe passando por reforma em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 

Casario de Adobe em Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde. 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Os Líticos Lascados e Polidos de Tucum, Tanhaçu-Ba


Após uma curta viagem de fim de semana, para fugir da “bandidagem” que resolveu sair da toca por causa da greve da Polícia Militar na Bahia, estou de volta com fé de que dias melhores virão, como diz um ditado (acho que árabe) “Os cães ladram e a caravana passa...”. Sigo com mais uma postagem sobre os trabalhos em Tanhaçu-Ba. Desta vez apresentarei alguns artefatos líticos lascados e polidos encontrados na Comunidade Quilombola de Tucum, esses materiais não são da área que escavamos - Sítio Tucum (porque no local foram encontrados dois ou três pequenos fragmentos líticos, mas ainda não foram analisados em laboratório), eles foram localizados em posse de moradores locais que os encontraram de diferentes maneiras, seja em seus quintais trabalhando com a terra para o plantio, seja caminhando pela região. Esses artefatos são popularmente conhecidos como pedra de corisco ou pedra de raio. Escutamos na localidade histórias interessantes sobre esses materiais, como por exemplo que são oriundos de quedas de raios, devendo permanecer abaixo da terra à sete palmos, mas com o passar dos anos, segundo eles, esse mesmo material vem a superfície atraindo novos raios. Muitos acreditam que não devem tê-los em suas casas e por isso os moradores que os recolhem do seu lugar de origem, tendem a jogá-los fora ou enterrá-los.
Devemos esclarecer que os referidos materiais líticos polidos ou lascados foram produzidos por grupos pré-coloniais para raspar, cortar, perfurar, dentre outras funções.
As imagens foram gentilmente cedidas para o Arqueologia e Imagem pelo fotógrafo e estudante de cinema Gerson Garibalde.

Lítico Polido encontrado por um morador local. Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba.
Foto: Gerson Garibalde.

Lítico Polido encontrado por um morador local.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba.
Foto: Gerson Garibalde.

Lítico Polido e um possível fragmento de tembetá (fragmento menor) encontrados por um morador local.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde.

Lítico Polido, possível fragmento de tembetá e outros fragmentos de rocha sem lascamentos ou polimentos encontrados por um morador local.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba.
Foto: Gerson Garibalde.

Lítico Lascados encontrados por um morador local.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba.
Foto: Gerson Garibalde.

Detalhe da foto anterior.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba.
Foto: Gerson Garibalde.
Detalhe de um dos artefatos Líticos Lascados encontrados por um morador local.  Comunidade Quilombola de Tucum, Tanhaçu-Ba. Foto: Gerson Garibalde.