E não há para o tempo demora!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!"
(Fragmento da poesia O Tempo de Olavo Bilac).
Pois
é leitoras e leitores, o tempo vem me dando uma rasteira, tropeço, caio,
levanto e sigo cambaleando como uma criança que está aprendendo a dar os
primeiros passos. Que coisa essa vida moderna, todos os dias somos roubadas e
roubados, sim nos tiram o que nos é tão caro e precioso: O TEMPO.
Mas
mais uma vez deixemos que chorumelas, porque aqui não é o Muro das Lamentações.
Posto, ainda que atrasada, mais antes tarde do que nunca, o texto sobre o
Mini-curso Arqueologia na Cidade.
Cachoeira-Ba. 26.09.12. Foto: Greciane Neres. |
Nos dias 26 a 27 de setembro de 2012, a professora
doutora Maria da Conceição Lopes, ministrou Mini-curso sobre ‘Arqueologia na
Cidade: um projeto onde a cidade se encontra com a sua construção’. O evento
ocorreu nas dependências da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira.
Uma valiosa oportunidade de
conhecer o trabalho desta tão competente arqueóloga portuguesa, que conduziu de maneira
bastante tranquila e descontraída o curso, buscando aproximar os participantes
(alguns ainda sem nenhuma experiência em arqueologia) deste campo do saber tão
fascinante. Conceição Lopes é uma apaixonada pela arqueologia, seu engajamento
político foi um dos pontos marcante em sua fala.
Durante o mini-curso alguns pontos foram abordados: A arqueologia nas cidades; Arqueologia das cidades; Construção das cidades: morfologia e materiais; Mão de obra e técnica de construção; Transmissões e heranças na cidade atual; Arqueologia das cotas positivas e negativas (para a pesquisadora não há essa separação, é tudo arqueologia); Cronologia; Arqueologia a serviço da ideologia; Cultura; A cidade Romana de Beja, dentre outros.
Leiam mais em:
Arqueologia das Cidades de Beja
alpage.tge-adonis.fr
ucv.uc.pt//ucv/podcasts/reportagem/cidades-perdidas
Leiam abaixo a entrevista que a pesquisadora concedeu ao Jornal Grande Bahia:
Profª Conceição Lopes. 26.09.12. Foto: Alexandre Colpas. |
Profª Conceição Lopes. 26.09.12. Foto: Alexandre Colpas. |
Profª Fabiana Comerlato (organizadora) e Profª Conceição Lopes. 26.09.12. Foto: Greciane Neres. |
Durante o mini-curso alguns pontos foram abordados: A arqueologia nas cidades; Arqueologia das cidades; Construção das cidades: morfologia e materiais; Mão de obra e técnica de construção; Transmissões e heranças na cidade atual; Arqueologia das cotas positivas e negativas (para a pesquisadora não há essa separação, é tudo arqueologia); Cronologia; Arqueologia a serviço da ideologia; Cultura; A cidade Romana de Beja, dentre outros.
Leiam mais em:
Arqueologia das Cidades de Beja
alpage.tge-adonis.fr
ucv.uc.pt//ucv/podcasts/reportagem/cidades-perdidas
Leiam abaixo a entrevista que a pesquisadora concedeu ao Jornal Grande Bahia:
Publicado 02/10/2012 às 10:29:57 | Atualizado em 02/10/2012
19:21:16
Professora doutora Maria da Conceição fala da importância da arqueologia urbana como forma de resgate das heranças das sociedades
Nos dias 26 a 27 de setembro de 2012, a professora doutora Maria
da Conceição Lopes, ministrou curso sobre ‘Arqueologia na Cidade: um projeto
onde a cidade se encontra com a sua construção’. O evento ocorreu nas
dependências da Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeira.
Na oportunidade, entrevistada pela equipe do Jornal Grande Bahia,
Maria da Conceição discorreu sobre a importância do projeto de arqueologia
urbana “como ação propiciadora do encontro do conhecimento do passado com a
cidade atual e da conjugação de ambos numa perspectiva de participação e
desenvolvimento da comunidade assume-se, assim, como uma instância que convoca
a comunidade a participar como elemento ativo na preservação da sua memória e
no usufruto do seu passado.”.
Confira a entrevista
Jorna Grande Bahia – Como avalia a importância da arqueologia urbana para as
sociedades?
Maria da Conceição Lopes – Eu considero a arqueologia urbana um procedimento técnico e
cientifico fundamental para resgatar as heranças que estão escondidas, as
heranças do passado e trazê-las para o presente, de maneira que as comunidades
do ponto de vista do desenvolvimento possam utilizar essa herança como fator de
decisão. Relativamente daquilo que querem preservar no futuro.
JGB – Como analisa o atual
estágio de desenvolvimento da arqueologia urbana no Brasil?
Maria da Conceição Lopes – Eu acho que a arqueologia urbana no Brasil está em uma prática
que eu considero muito desenvolvida e muito valiosa, digo até que na Europa nós
aprendemos bastante com o modo como se vai fazendo aqui no Brasil. Não quero
deixar ninguém de fora, mas, lembro, por exemplo, dos meus colegas de Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul, Recife, Salvador, são trabalhos muito bons e que
foram ao longo do tempo criando metodologias e formas de abordagens novas, com
as quais temos aprendido.
Penso, que desse ponto de vista, apesar de haver muitos problemas,
a arqueologia urbana no Brasil está percorrendo um caminho, que pode
transformá-la em uma grande arqueologia urbana, em um grande laboratório do
conhecimento da arqueologia urbana.
JGB – Com relação ao
intercâmbio na área de arqueologia urbana entre Brasil e Portugal. Como avalia
esse estágio?
Maria da Conceição Lopes – Acho que podemos trabalhar algumas coisas, algumas práticas que
estão sendo discutidas e debatidas em conjunto. Nós já fizemos em conjunto três
Fóruns da Arqueologia Urbana, o primeiro em Salvador, o segundo em Coimbra e o
terceiro em Recife, estamos preparando o quarto. Esses fóruns são momentos de
colaboração entre instituições e entre países, diversas metodologias, técnicas
e objetivos desta arqueologia urbana. Penso que temos a caminho a percorrer,
mas que o caminho já está construído.
Maria da Conceição Lopes nasceu a 14 de Fevereiro de 1961, no
concelho de Arganil, distrito de Coimbra, Portugal. É professora da Faculdade
de Letras da Universidade de Coimbra.
Licenciada em História, Variante de Arqueologia, pela Faculdade de
Letras da Universidade de Coimbra no ano de 1984. No ano de 1987, obteve o
Diplôme d’Études Approfondies (D.E.A.) na Université de Bourdeaux III.
Doutorou-se pela Universidade de Coimbra, no ano de 2000,
defendendo a dissertação “A cidade Romana de Beja. Percursos e debates acerca
de Pax Iulia”, com a qual obteve o Grau de Doutor, com louvor e distinção,
por unanimidade.
Conceição é diretora do Centro de Estudos Arqueológicos da
Universidade de Coimbra e Porto, coordenadora de projetos internacionais,
consultora da UNESCO para questões de reconhecimento do Patrimônio Mundial,
coordenou escavações no Egito, Turquia, Síria, Angola e várias regiões de
Portugal.
Leiam a postagem anterior sobre o Mini-Curso Arqueologia na Cidade.
Leiam a postagem anterior sobre o Mini-Curso Arqueologia na Cidade.
Eu estive no MURO DAS LAMENTAÇÕES. E lá as pessoas só fazem orar pelos seus. Um lugar realmente de uma ENERGIA impossível de ser descrita. JUDEUS do Mundo inteiro falando todos os idiomas e dialetos que se possa imaginar!EU FIQUEI SIMPLESMENTE EM ÊXTASE!
ResponderExcluirPrezada Fátima,
ResponderExcluirA expressão que usei “porque aqui não é o Muro das Lamentações” foi uma metáfora.
Ótimo evento, formidável palestrante, assunto agradabilíssimo!
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