Os antigos grupos indígenas cultivadores de mandioca, além dos materiais
que produziam (líticos polidos), se destacaram pela produção de grandes
recipientes cerâmicos. Estamos nos referindo ao macrogrupo de Tradição Tupi, que encontravam-se espalhados por todas as
regiões da Bahia, mas com maior concentração na área litorânea (ETCHEVARNE, C; FERNANDES, L. 2011). Mostramos na
postagem anterior as Urnas Funerárias desse grupo, nesta mostraremos outras peças cerâmicas.
Essas antigas populações ceramistas, produziam recipientes cerâmicos
feitos pela técnica do acordelamento, com paredes grossas mal cozidas, bordas
reforçadas, decoração plástica e pintada e grande variação de forma, com muita
incidência de vasilhames abertos: os assadores. (COMERLATO, F. 2009: 25).
Os desenhos são cheios de detalhes, linhas bem finas, geralmente
pretas que se destacam no fundo branco e uma ou duas linhas grossas vermelhas próximas
às bordas.
Sítio em Barra dos Negros, Morro do Chapéu-Ba. Recipiente Tupi do tipo assador, com elementos em vermelho e preto sobre fundo creme-esbranquiçado. |
Recipientes Tupi. Acervo do MAE/UFBA. |
Recipientes Tupi com decoração sem pintura. Acervo do MAE/UFBA. |
Santa Cruz Cabrália. Recipiente Tupi do tipo assador, com elementos em vermelho e preto sobre fundo creme-esbranquiçado. Foto: Julio C. M. de Oliveira.
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Sítio Praça da Sé, Salvador. Fragmento de fundo de assador com decoração em arabescos ou rendados.
Foto: Julio C. M. de Oliveira.
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Sítio Zé Preto, Vila de Piragiba. Fragmento de recipiente Tupi com decoração plástica corrugada.
Foto: Julio C. M. de Oliveira.
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Sítio Dunas de Surubabel, Rodelas. Fragmento de panela decorado com hachurado inciso.
Foto: Julio C. M. de Oliveira.
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Sugestões de leitura:
ETCHEVARNE, Carlos; FERNANDES, Luydy. Patrimônio arqueológico pré-colonial. Os sítios de sociedades de caçadores coletores e dos grandes grupos de horticultores ceramistas, antes da chegada dos portugueses. In: Carlos Etchevarne & Rita Pimentel. (Org.). Patrimônio Arqueológico da Bahia (Série estudos e pesquisas). 1 ed. : , 2011, v. 1, p. 27-46.
Site: www.mae.ufba.br
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